Casa da Sorte investe nos bingos

 Publicado pelo jornal  “Público”, autor Raquel Almeida Correia, 7 de Janeiro de 2011.

Investimento de um milhão de euros

Empresa, tradicionalmente mais dedicada aos jogos da Santa Casa da Misericórdia, ficou com salas do Belenenses e Estrela.

O negócio dos bingos, que também tem vindo a sofrer uma quebra nas receitas, conseguiu atrair o investimento de uma nova empresa.

A Casa da Sorte, tradicionalmente mais ligada aos jogos da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, decidiu ficar com a exploração das salas de dois clubes de futebol em dificuldades financeiras: Belenenses e Estrela da Amadora. Pretende investir um milhão de euros nos dois espaços e aumentar as vendas em dez por cento, num prazo de três anos.

A sala do Belenenses passou para as mãos da Casa da Sorte em Dezembro de 2010, mediante um acordo que estabelece um pagamento fixo pela cedência da exploração e outro variável, em função das receitas obtidas com a venda de cartões e outras actividades.

Jorge Matos, vice-presidente do clube, explicou que a decisão foi tomada porque "não havia capacidade para rentabilizar o bingo e para fazer as obras exigidas pela Inspecção de Jogos". Transferir a gestão foi a solução encontrada, até porque permitiu salvaguardar os 72 postos de trabalho, sem que o emblema do Restelo tenha de suportar os custos com pessoal, e assegurando que não perde a propriedade do bingo.

No caso da sala do Estrela da Amadora, clube que foi declarado insolvente e cujo plano de recuperação deverá ser chumbado, a cedência de exploração, aceite pelos credores, arrancou este mês, assente também num pagamento fixo e numa comissão variável.

Se a exploração do espaço, onde trabalham cerca de 60 pessoas, não tivesse sido cedida à Casa da Sorte antes de o plano ser rejeitado, perder-se-ia a licença.

A empresa explicou que estes dois contratos são "uma oportunidade de crescimento". Nos primeiros três anos, a Casa da Sorte pretende investir um milhão de euros nas duas salas para alcançar uma meta de aumento de receitas na ordem dos dez por cento, contrariando a tendência dos últimos anos.

A ideia é "reinventar o jogo do bingo", através de uma "gestão criteriosa" e de uma diversificação da oferta actualmente disponível.

2 comentários:

  1. O jornalista, o editor de economia e o director do jornal “Público” têm de ser advertidos sobre este artigo. Não posso, não podemos concordar com tipos de comentários inseridos na notícia dignos de um artigo de opinião onde não se insere este texto.

    Iremos mostrar a nossa indignação.
    Quem quer vir junto?

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